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A Psicologia dos Animais

Foto do escritor: Luana VianaLuana Viana

Muita gente tem um animalzinho em casa hoje em dia. Estima-se que mais da metade da população mundial é guardiã de pelo menos um animal hoje em dia, sendo que a Argentina, o México e o Brasil são alguns com a maior quantidade de animal por pessoa no mundo.

Além de serem umas fofuras, vários deles cumprem uma função muito importante na vida de seus tutores, eles funcionam como animal de suporte ou assistência emocional. Isso significa que eles auxiliam no tratamento de várias condições, como a depressão ou algum transtorno de ansiedade. Vários estudos vêm demonstrando que cuidar de um animalzinho, pode ajudar muito pessoas vivenciando diferentes dificuldades ligado a saúde mental.

Por exemplo, cuidar de um pet pode potencializar os efeitos do tratamento farmacológico da depressão, ou ajudar uma pessoa no espectro do autismo, a lidar com momento de sobrecarga sensorial. Alguém com fobia de avião poderia registrar seu animal e leva-los em voos para amenizar seus sintomas. Essa autorização envolve um documento emitido por psicólogo ou psiquiatra, sendo que as leis aqui no Brasil variam de estado para estado.

Parte dessa conexão tão especial que os seres humanos conseguem desenvolver com outros animais parece ser explicado pela ocitocina, um hormônio que muitos conhecem como o “hormônio do amor”. Na verdade, a ocitocina também regula vários processos importantes que não estão ligados ao amor em si. Tais como facilitar o processo do parto e estimular a produção do leite materno após o parto.

O simples contato visual entre o humano e um cão pode estimular a liberação de ocitocina em ambas as partes, embora isso dependa da relação que o humano tenha com cachorros e que o cachorro tem com o humano que não conhece. A ocitocina é capaz de reduzir sintomas de ansiedade e a intensidade das nossas reações ao estresse, além de ajudar até na regulação da pressão sanguínea.

Em um estudo, dois grupos de pessoas realizaram um teste de matemática, sendo que um deles havia a presença de um cão na sala, enquanto que no outro, não. Quem fez o teste acompanhando de um doguinho tendeu a apresentar uma frequência cardíaca menor durante a realização do teste, o que sugere um nível mais baixo de estresse. Provavelmente a presença do cachorro estimulou a liberação da ocitocina nas pessoas desse grupo e ela, por sua vez, acabou as tranquilizando mais durante o estudo.

Quem tem um animal de estimação, tende a apresentar um maior bem estar psicológico e físico de maneira geral. De acordo com alguns estudos, essas pessoas tendem até mesmo viver em média por mais tempo do que aquelas que não tem o pet. Os pets tem o poder de atenuar os efeitos negativos do estresse que vivemos no dia-a-dia. Em diferentes estudos, o contato com animais elevou diversos aspectos da qualidade de vida de presidiários e pacientes internos de hospitais psiquiátricos, por exemplo.

Mas nem tudo é alegria quando o assunto é cuidar de um animal, já que isso exige uma boa quantidade de tempo, dinheiro, e de paciência. É comum que cachorros, por exemplo, destruam algum objeto da casa ou tenham ansiedade de separação, o que pode gerar alguns prejuízos. Outra parte difícil é a perda ou a morte do animal, a qual pode provocar uma reação de luto tão intensa como de um ente querido da espécie humana. Como o tempo da vida deles tende a ser bem menor que o nosso, ter um pet significa estar ciente que esta parte difícil chegara.

Durante a pandemia, muita gente resolveu incluir um pet no próprio lar, um dos motivos para isso foi que várias pessoas começaram a passar muito mais tempo dentro de casa, o que tornaria mais viável cuidar de um animal. Quem já tinha um durante a pandemia tendeu a apresentar uma saúde mental menos prejudicada do que aqueles que não tinham.

Em um estudo feito no Reino Unido, quase 90% dos entrevistados relataram que seus animais os ajudaram a lidar com as dificuldades emocionais durante os períodos de lockdown. Através de uma outra pesquisa, tem ficado claro que ter um pet ajuda as pessoas a se distraírem de fatos estressantes em suas vidas. Só que com o retorno ao trabalho presencial, houve um aumento nas taxas de abandono de animais. De acordo com um estudo feito na Índia, cerca de 50% de donos de pets abandonaram seus animais durante a pandemia, sendo que um dos prováveis fatores para isso foram as dificuldades financeiras vivenciados por muitos nesse período. Se você tem muita vontade de ter um animalzinho, mas não tem atualmente, aqui vão algumas dicas para te ajudar a decidir isso correndo um risco menor de se arrepender depois:

1. Não tome essa decisão de forma impulsiva ou só pensando na parte boa. Avalie se realmente é viável para você ter um pet e cuidar dele da forma adequada. Você terá um tempo para passear com ele regularmente? Cabem no seu orçamento todos os gastos envolvendo alimentação e consultas veterinárias? Você está disposto a ter alguns chinelos destroçados. Além disso, certifique-se de que você não possui alergia ao animal, já que muitos só descobrem isso depois que os animais já estão em seus lares.

2.Adote. Existem muitos animais disponíveis para adoção e um é mais fofinho que do que o outro. Os filhotes são os favoritos de quem deseja adotar um animal, mas existem vários adultos precisando de uma casa. Se você já ponderou sobre todos os pros e os contras e acredita que tem sim condições de ser um bom pai ou mãe de pet, procure uma feira de adoção para encontrar o seu peludinho.


Ter um pet em casa pode trazer uma dose extremamente fofa de leveza para o seu dia a dia e de brinde ainda poderá contribuir para a sua saúde mental. Para o seu bem e para o bem do animal é importante que você tome essa decisão, levando em conta toda a responsabilidade que está envolvida em cuidar de outro ser vivo, que não é pouca coisa.

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