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Se você é desses que sempre faz papel de trouxa nos relacionamentos, pode te ajudar a tomar melhores decisões amorosas no futuro.
A expressão “trouxa” tem diferentes significados. Vamos pensar aqui na ideia de trouxa é aquela pessoa que sempre acaba se precipitando e se dando mal nos relacionamentos. Existem várias ideias que podem te ajudar a ser menos trouxa e hoje vou falar algumas delas.
Um bom ponto de partida é ajudar a perceber como você tem escolhido seus parceiros românticos. Tanto na hora de escolher parceiros quanto em muitas outras, não costumamos ser tão racionais assim. Muitas vezes usamos atalhos mentais nas escolhas de parceiros para economizar tempo e energia.
Mas pegar atalhos nessas horas pode custar caro depois. Muitas pessoas usam critérios como atração física e sexual, por exemplo, para selecionar parceiros. A atração pode ser importante no início de um relacionamento, mas a longo prazo, a personalidade da pessoa e a maneira como vocês se tratam tendem a ser mais decisivas nas relações. Sentir uma forte atração é bom, mais vai ter muito rostinho bonito te fazendo de trouxa por aí.
Outra coisa a se levar em conta, é o viés da negatividade. Ele descreve o fato de que coisas negativas na vida costuma ser mais influente do que coisas positivas. Por exemplo, lembranças e emoções negativas tendem a ser mais impactante do que as positivas. Um estudo que contou com dados de mais de 1 milhão de usuários de um site de relacionamento que viviam em Nova York ilustra isso bem. ao invés de procurar pela perfeita combinação de qualidades positivas, os usuarios tendiam a rejeitar o potencial parceiro assim que identificavam alguma coisa negativa.
Nos relacionamentos isso quer dizer pode ser mais fácil perceber características nos outros e valoriza-las mais do que características positivas. O problema é que ninguém é perfeito, então rejeitar rapidamente uma pessoa ao identificar um defeito pode te levar a rejeitar alguém que possuía várias qualidades positivas mais importantes do que o defeito percebido.
Vale a pena entender o que chamamos na psicologia de fenômeno ou efeito Michelangelo. Ele é a tendencia que parceiros tem de mesmo sem querer, acabar esculpindo os selfs, as habilidades e a personalidade do seu parceiro. Essa influência pode estimular ou inibir o crescimento e a realização pessoal do parceiro ao aproximar ou distanciar ele do seu próprio self ideal.
O Self ideal tem a ver com quais habilidades, características e recursos você idealmente gostaria de ter, assim como quais sonhos e metas de vida você gostaria de alcançar. Ou seja, o seu Self ideal, é a sua visão ideal de quem você gostaria de ser. Muito do que fazermos ao longo da vida, são tentativas de nos aproximar de quem gostaríamos de ser e um parceiro romântico pode ser um aliado, pode ser neutro ou um inimigo do seu crescimento pessoal a depender de como ele te vê e te trata.
O seu parceiro é um aliado quando acaba te estimulando te estimulando a te aproximar do seu self ideal. Isso significa que conscientemente ou não, o seu parceiro gosta quando vê você sendo quem gostaria de ser e te apoia quando você está correndo atras dos seus objetivos. Ter um parceiro assim, provavelmente vai aumentar o seu bem-estar, a sua saúde, melhorar a qualidade do seu relacionamento e a probabilidade de vocês permanecerem juntos.
O parceiro que é inimigo do seu crescimento pessoal, tende a reagir com indiferença, pessimismo ou desaprovação quando você faz algo que te aproxima do seu self ideal. Esse tipo de parceiro tende a te afastar das coisas que você valoriza e das suas metas de vida. Então na hora de escolher parceiros, não se foquem apenas na beleza ou em um defeito não tão importante, já que isso pode te trazer inimigos da sua felicidade super atraentes ou te afastar de ótimos aliados por causa de algo superficial.
Independentemente disso, cuidado com pessoas que são muito mais inimigas do que aliadas da sua felicidade. Bons parceiros românticos não só gostam de você, mas também se importam com os seus sentimentos, estimulam a sua felicidade e o seu crescimento pessoal. Ser um pouco mais racional na hora de escolher quem vai fazer parte da sua vida faz bem pra saúde.
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