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O transtorno do Espectro Autista, envolve uma dificuldade grande e duradoura de interagir e se comunicar com os outros. Além de um leque de restritivo e repetitivo, de interesses e atividades. Por exemplo a pessoa pode ficar estalando os dedos, enfileirando objetos, repetindo alguma coisa ou se machucando. E como ela também tem dificuldade para entender aspectos da comunicação não verbal, como entonação de voz, gestos e expressão facial, isso resulta em sérios obstáculos para aprender as coisas em de modo em geral e conviver com os outros.
Já a famosa síndrome de Asperger, era considerada uma forma mais leve de autismo, mas a quinta edição do Manual do Diagnostico e Estatístico do Transtornos Mentais, famoso DSM, trouxe novas categorias diagnosticas e abandonou o diagnóstico de Asperger. Casos antes que eram considerados Asperger agora seriam provavelmente diagnosticados como relacionados ao Transtorno do Espectro Autista, ou algum dos Transtornos de Comunicação.
Nessa nova definição de Transtorno do Espectro Autista, as pessoas diagnosticadas são vistas como se posicionando dentro de um espectro do transtorno que variam de um prejuízo leve, até um grave. Além de também variar qual área é a mais prejudicada. Por exemplo, uma pessoa pode ter sua capacidade de comunicação muito prejudicada, mas poucos comportamentos repetitivos e aberrantes, ou o contrário. Por causa da dificuldade de comunicação e compreensões das estimulações do ambiente, pessoas com espectro autista muitas vezes apresentam déficits intelectuais que também pode ir do mais leve ao mais severo. Os sintomas costumam surgir desde cedo, mas o diagnóstico é feito em crianças a partir de 2 anos. Quanto antes do diagnóstico é feito e o tratamento se inicia, maior são as chances de a criança superar suas dificuldades.
Se uma criança com um ano ou mais não reage ao ser chamada pelo nome, evita o contato visual, se isola socialmente ou realiza comportamentos muitos repetitivos e fixos, é recomendável que seja feito um diagnóstico por um profissional pois estes podem ser sinais de autismo.
O tratamento do autismo pode envolver o tratamento de vários profissionais que estimulem as áreas de maior dificuldade da pessoa, como psicólogos, neuropediatras e fonoaudiólogo. Um dos tratamentos mais eficazes é a intervenção Comportamental Precoce e Intensiva. Tantos fatores genéticos quando ambientais tem um papel importante no desenvolvimento do autismo.
De 5 a 10% dos casos de autismo, podem ser melhor explicado por fatores genéticos, mas eventos durante e depois da gravidez como doenças, exposição a metais pesados e materiais tóxicos, podem contribuir para o desenvolvimento do quadro. Também existem evidencias de que um sistema deficiente de neurônios-espelho no cérebro pode estar por detrás de muitos dos sintomas. Os neurônios-espelho estão presente em diferentes partes do cérebro e se relaciona com várias capacidades geralmente prejudicadas em pacientes com autismo como a empatia, imitação, mentalização e aprendizagem de linguagem.
Embora ainda existam pessoas que acreditem nisso, incluindo psicólogos, não existe nenhuma evidencia que o autismo é causado por maus cuidados dos pais ou porque a mãe rejeita inconsciente a criança. Boatos na internet também espalham ideia de que tomar vacina causa o autismo. O autismo tem carias causas, mas a vacina não é uma delas. Esse boato provavelmente surgiu com uma certa pesquisa de baixa qualidade que afirmou haver uma relação entre vacinação e autismo. Além depois de ter ficado claro que se tratava de uma pesquisa fraudulenta e ela ter sido despublicada, uma quantidade muito maior de pesquisa de alta qualidade foram conduzidas depois e concluiu-se que não existe nenhuma evidencia de que vacinas causem autismo. Em parte, por causa desse tipo de boato, doenças que antes eram quase dadas como erradicadas em vários países voltaram a ser observados com maior frequência, como sarampo e a poliomielite, que leva a paralisia física.
Quando o que está em jogo é a saúde pública, não se deve espalhar especulações sobre assuntos científicos antes de chegar se essas especulações são verdadeiras, já que isso pode prejudicar muito outras pessoas, como crianças que não serão vacinadas.
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