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O TDAH é caracterizado por um padrão persistente de pelo menos uma ou duas coisas: a desatenção ou a hiperatividade-impulsividade. O termo “impulsividade” aparece junto de hiperatividade desse jeito porque é bem como que eles andem juntas. Existem três tipos de TDAH, no de apresentação combinada a pessoa vive grande prejuízos tanto por conta da desatenção, tanto por conta da hiperatividade. Nos outros dois tipos p que predomina é a desatenção, ou a hiperatividade.
Nesses casos não significa que a pessoa nunca apresente um ou outro sintoma do outro tipo. Um adulto com TDAH de apresentação predominantemente desatenta pode ter alguns sintomas hiperativos mas não o suficiente para preencher os critérios diagnósticos. A desatenção inclui coisas como frequentemente não prestar atenção em detalhes, ter dificuldade em manter o foco em tarefas ou trabalhos até finaliza-los, procrastinar, parecer que não estava ouvindo o que alguém acabou de te dizer e perder objetos, como chaves e celulares.
Já quanto a hiperatividade, é bem comum que a pessoa fale bastante, interrompa a fala dos outros sem perceber, tenha dificuldade de ficar parada, em silencio ou sentada, mesmo que seja por pouco tempo. Adultos com nível elevado de hiperatividade podem experimentar uma grande inquietação, um desconforto ao ficarem parados muita dificuldade de realizar atividades de lazer com calma e de esperar a própria vez em filas, por exemplo.
O DSM lista 9 sintomas para desatenção e outras 9 para hiperatividade. Um adulto com TDAH apresentará no mínimo 5 desse sintoma em uma das duas categorias, enquanto uma criança apresentará pelo menos 6. Entre adultos com TDAH, muito dos sintomas estão presentes desde antes dos 12 anos de idade. O TDAH é comum e costuma iniciar na infância. Alguns dados sugerem que cerca de 1 a cada 20 crianças possuam o transtorno, enquanto que para adultos essa proporção muda para um em cada 40 adultos. Ou seja, em torno de metade das crianças com TDAH costuma levar o transtorno para a fase adulta.
A hiperatividade muitas vezes costuma diminuir da infância para a fase adulta, mas também é possível que o sintoma simplesmente se modifique. Por exemplo, é comum que crianças hiperativas são correndo para todos os lados, mas adultos não. Isso não quer dizer que a hiperatividade não esteja lá, mas sim que ela pode se apresentar de forma menos gritante. Adultos com TDAH tendem a sofrer mais com a desatenção do que com a hiperatividade, levando esses sintomas para os novos contextos da fase adulta. Dificuldades nas tarefas escolares se transforma em dificuldades nas faculdades, nos trabalhos, e nos relacionamentos por exemplo.
O TDAH está entre os transtornos com maior grau de influência de hereditariedade. Isso significa que se existe um histórico de TDAH em sua família, as chances são maiores que você o desenvolva também. Inclusive, é comum que um pai ou uma mãe descubra que tem TDAH despois que o filho recebe o diagnóstico. É nessa hora que muitos pais conhecem melhor o transtorno e buscam um profissional para ser melhor avaliado.
Anda não se sabe totalmente o porquê o TDAH de algumas pessoas que exibem na infância perdura até a fase adulta, mas uma meta-analise sugere que existe pelo menos 2 fatores bem decisivos. O primeiro deles é a gravidade do sintoma na infância, sendo que quem exibe sintomas mais severos tem maiores chances de demonstra-lo na fase adulta. O segundo é apresentar outros transtornos como depressivos, ou o de conduta. Muitos acham que pessoas com TDAH são desatentas, hiperativas ou impulsivas o tempo todo ou em qualquer situação, só que isso não é verdade.
Todo mundo apresenta alguma dificuldade para realizar alguma atividade repetitiva ou desinteressantes, a diferença é que, para as pessoas com o transtorno, essas atividades são muito mais difíceis ou quase impossíveis em alguns casos. Muitos adultos com TDAH apresentam níveis de escolaridades mais baixos do que a maioria das pessoas, tem maiores dificuldades em se manterem empregados e de tomarem boas decisões financeiras. Eles também podem sentir maiores dificuldades em perceber e reconhecer as emoções dos outros, o que pode atrapalhar no relacionamento com amigos, colegas de trabalho ou parceiros românticos.
Sabemos que alguém com esse transtorno possui uma chance maior de exibir outros transtorno também, como os depressivos, de ansiedade e relacionados ao uso de substancias. Em geral, muitas mulheres adultas com TDAH tendem a apresentar menos comportamento de risco do que homens adultos com TDAH. Elas costumam ter mais dificuldade ligadas a falta de organização, a impulsividade, e a desatenção, o que acaba as afastando de um pouco do estereotipo de alguém com TDAH. Isso, por sua vez, diminui as chances de que elas recebem o diagnóstico. O resultado é que muitas mulheres adultas com TDAH não recebe o tratamento adequado. O ideal para homens e mulheres como suspeita de TDAH é procurar por uma indicação de um bom funcionário que possam avalia-los.
Para muitos casos, o uso de medicamente pode contribuir bastante para a qualidade de vida da pessoa sendo que a escolha dos medicamentos mais recomendáveis depende de cada caso. A psicoterapia é também uma forma de tratamento frequentemente recomendada. Geralmente, o ponto de partida é a psicoeducação sobre o que é TDAH e ela envolve ensinar a pessoa sobre o transtorno em sim. Como ele interfere no cotidiano dela e como pode ser tratado. Uma ferramenta muito usada na psicoterapia voltada para o TDAH é o treinamento comportamental.
Nele a pessoa pode aprender a desenvolver habilidades que trarão mais estrutura e rotina ao seu cotidiano. Aprender estratégias simples como montar lista de afazeres, usar agendas e colocar lembretes no celular pode ajudar muito. Também é comum, durante a psicoterapia que outros fatores como crianças ou comportamentos disfuncionais e desenvolvidos a partir do TDAH sejam modificados para ajudar a pessoa a lidar melhor com os sintomas.
Essas crenças e padrões de comportamento podem ter surgido como uma tentativa de se adaptar a situações frustrantes que decorrem do transtorno, como bronca frequentes de pais, fracassos constantes em alcançar um dos seus objetivos, e relacionamentos frustrados.
É sempre muito recomendável que as pessoas procurem ajuda do profissional, mais aqui vão algumas dicas que podem ajudar quem vivem problemas de ligados ao TDAH de forma direta ou indireta, por conviver com alguém que possui o transtorno.
1. Entenda e explique o TDAH para as pessoas os outros. Entendê-lo é fundamental não só para pessoas que o enfrenta, mas também que convive com essa pessoa. Esses indivíduos precisarão lidar com algumas consequências do transtorno e eles podem tornar tudo mais fácil ou difícil para quem tem o TDAH.
2. Descubra em que tipo de ambiente você trabalha melhor. Pessoas com TDAH tendem a se distrair muito facilmente, ainda mais quanto a tarefa não é tão interessante para ela. Em geral, elas tendem a trabalhar melhor em ambiente silencioso e com menos distrações ou interrupções. Smartphones, podem tomar ainda mais difícil se concentrar no que precisa fazer. Então garanta que ele não irá te atrapalhar quando estiver trabalhando ou estudando.
3. Planeje horário específicos para se distrair, não é razoável esperar que você conseguira trabalhar por várias horas seguidas sem nenhuma interrupção. Isso é difícil, até para uma pessoa que não possui TDAH. A cada período do trabalho concluído, você pode se recompensar com um intervalo de distração. Nesse momento, você pode fazer o que preferir como apenas relaxar um pouco no sofá, fazer algum alongamento ou assistir uma serie.
O TDAH é um transtorno comum que atrapalha a vida pessoal, e profissional de várias pessoas ao redor do mundo. Muitos acham que ele só ocorre em meninos, mas a verdade é que ocorre em adultos em mulheres também. Tornando a vida dessas pessoas muito mais difícil também. Sem um tratamento adequado, o TDAH pode gerar vários prejuízos na vida de alguém e por um bom tempo. Muitos adultos que sofriam com esse transtorno têm conseguido viver vidas mais satisfatórias com ajuda de profissionais.
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